Uma pesquisa feita com enfermeiros de três hospitais de Campinas que atuam em unidades de terapia intensiva (UTIs) adulto mostra o despreparo dos profissionais na aferição da pressão arterial (PA). O levantamento é resultado de uma dissertação de mestrado apresentado da Faculdade de Ciências Médicas (FCM) da Unicamp, feita pela enfermeira Taciana Almeida, que aplicou um questionário com 40 questões de múltipla escolha sobre os métodos de aferição da pressão arterial.
A média de acertos entre os 54 que participaram do levantamento foi de 18 questões, menos da metade, o que é alarmante, segundo a pesquisadora e mostrou que há lacunas no conhecimento do profissional enfermeiro. Antes de responder ao questionário, 74% dos enfermeiros acreditavam que o conhecimento que tinham sobre aferição de pressão arterial era bom ou ótimo, mas após a avaliação, esse índice caiu para 7%.
Os profissionais submetidos à pesquisa têm entre um mês e 25 anos de profissão, o que revela que o desconhecimento não é exclusividade de recém-formados, mas também existe entre enfermeiros mais experientes. O curso de enfermagem tem duração de quatro anos e o estudante aprende todos os procedimentos necessários para aferir a pressão arterial.
A aferição da pressão é um procedimento relativamente simples, mas exige que o enfermeiro observe uma série de fatores, desde a posição adequada do aparelho até o momento certo para aplicar o exame no paciente.
Outro dado preocupante revelado pela pesquisa é que 93% dos enfermeiros entrevistados nunca fizeram cursos de aperfeiçoamento depois que se formaram.
Nas UTIs, a pressão arterial de um paciente precisa ser aferida a cada duas horas, o que torna um possível erro provocado por desconhecimento ainda mais perigoso.
A enfermeira Taciana Oliveira avalia que a conclusãop do levantamento é preocupante no sentido que, sem conhecimento teórico, o profissional pode estar realizando o procedimento incorreto.
O Conselho Regional de Enfermagem (Coren) informou que desconhecia a pesquisa e que não tem como se manifestar sobre os resultados antes de uma análise detalhada. Segundo o conselho, se os resultados se confirmarem devem ser tomadas medidas para corrigir esses erros, já que é inaceitável que um profissional não conheça os procedimentos básicos da enfermagem.
Para ver a reportagem completa acesse o site da eptv:
http://eptv.globo.com/campinas/noticias/NOT,1,1,372251,Pesquisa+mostra+desconhecimento+de+enfermeiro+para+medir+pressao+arterial.aspx
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